Imagem Google Tanto ontem foi lembrado e havido – ela – mar profundo nos seus sonhos, era vinho sorvido, posto perdido e agora achado na memória que ondulava. Recordava tantas vezes a santa e n’outras profanas, transpiradas em seu corpo tatuado, rolando n'areia, nas camas, no cais. Ele era terra, porto e mar. Ele era vida e mundo amante, singrando oceanos em casa navio, um novo tempo de voltar. Recordava a família, amigos, sorrisos mas, só ela, marejava seu olhar. À borda do mar, a cidade. Em filme, uma vida e o medo por partir e por voltar. Das separações havidas, o cansado marujo tinha à bordo seus contos em malas por guardar ou esquecer. Nas desolações costeiras, toneladas de saudades choradas por dentro e disfarçadas em branco sorriso, contrastado ao azul. Daquilo que deixara, ocupava-se pouco. Apelos do mar ao cais, coração mareante compassado, acelerado, querendo chegar. Anos separando a história e aquele dia. Quando o sol se deitava foi ouvido o sinal. À mesa, um olhar desembarcando engoliu os seus medos e respirou as batidas do seu coração. E no copo vazio do mar, ocupou-se de ocultar o seu pranto. Novamente calado, o mareante vinho, vencera tormentas, chegava em terra, amante do mar.
.
.
por Mai
***
Suas histórias são profundas, sempre são, porque fala da produndeza do mar/mente, das correntes frias que passam por dentro do ser, dos tsunamis que acompanham momentos de vida...bem é assim que leio."Em filme, uma vida e o medo por partir e por voltar"Muitos permanecem por medo do partir. Do novo. Com medo do partir-se ou partir.