Uma pérola ao descrever poeticamente os sentimentos tão humanos. As fotografias também são lindas e a comparação com a folhinha um primor de criatividade. Parabéns Graça e tenha um Feliz Natal!
A Folhinha de Outono...
A Folhinha…
voou suspensa no nada do sopro do vento…
rodopiou no ar,
varreu o chão…
escondeu-se na mala do carteiro,
equilibrou-se num pára-brisas,
suspendeu um beijo apaixonado,
espiou coisinhas de adultos…
Já cansada de tanta travessura,
caiu chorosa num banco de jardim,
e, embalou-se na ternura malévola da saudade!
O vento deixou-se impressionar pela dor da folhinha…
onde parará a má fama do vento?
Pois é, o tempo também deixa peugadas no vento….
onde parará a má fama do vento?
Pois é, o tempo também deixa peugadas no vento….
Decidido, soprou-a até ao seu lar…
Tudo mudara…
Tudo mudara…
a folhinha melindrou-se com a falta de afecto,
com a falta de pensar…com a intemperança das intrigas e
a malévola mentira…
Pingou gotinhas de água,
lágrimas sem sal da meditação nua e crua,
não se deve voltar ao lugar onde, um dia, morou a felicidade…
e esvoaçou… sem um adeus!
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