Disseminando gentileza nos encontramos no tempo da delicadeza...

25 de jul. de 2009

Dentro de mim

Dentro de mim
navegas como um barco
incerto, à deriva...
Ondas gélidas e enfurecidas
que vêm e vão...
nessa turbulência
eu, que me fecho em ostra,
fazendo um esboço em minha face
de um sorriso esmaecido,
açoitando em minha alma essa solidão...
momento insone em que lágrimas
fazem arder as minhas retinas
em gotículas que ferem como agulhas
dentro do meu coração...
num choro compulsivo dessa lembrança
Dor que ainda sinto daquele Adeus...
desmoronando em cada arrebentação!

por RENATA MARIA PARREIRA CORDEIRO
http://blogrenataeuedai.blogspot.com/
*
Graça disse...
Que lindo poema, Renata... com imagens belíssimas...
"navegas como um barco incerto"..."que me fecho em
ostra"..."acoitando em minha alma essa solidão"...
apetecia-me reproduzir todo o poema.
Gostei sinceramente
.

©tossan disse...
Certa vez um amigo português me disse: Não te afundes na escrita, seja mais positivo e a tua poesia pode ficar mais presente. No momento não aceitei e hoje percebo o quanto ele estava certo, porém confesso, ainda não me libertei disso totalmente.Repasso a você de coração, porque a tua poesia é bonita e eu gosto muito como esta, por isso ela está nesta edição.

20 de jul. de 2009

Duo de cordas - Desiderata...

photo da netLira que toca ao vento,
vento te toca, lira.
Vem, Orfeu,
toca comigo essa lira?
Vem compor nossa música.
Hoje, sou apenas olhos, desejo.
Chiiiiiiii não fala nada...
Espera, não tem pressa, toca...
Toca a lira devagar, em duo.
São tão lindos os tons, sons.
Teus toques repletos de clave, tem Sol.
Essa noite-milagre, tem duo, tem dois.
Pausa-silêncio//
Essa lira-ternura, mansa, não tem dissonância,
mesmo quando as cordas, gemem, seus sons.
De novo meus olhos, falam e riem,
essa desiderata festa musical!
Sim, minhas maõs tocam leve,
teu rosto e tua lira.
Quero nada-fazer, hoje, sou só, contemplação.
Minha boca é ponta, seda-toque dos dedos,
que executam vienenses, corpo,
lira, e nossa doce melodia,
só prá saber se meus olhos, não mentem...
Liras são frágeis e mansas, choram,
a emoção da melodia, amor.
Ah! Orfeu, afinarei contigo e juro,
não arranharei tua lira! Chiiiii...
Ternura, não fala nada, cala, dorme.
Já te amei bastante, hoje.
Instante interminável, minha lira de amor,
foi tocada em Sol e lá, em mi maior.
Foi toccata em dueto.
por Mai
***
iara disse...
tão lindo esse mai, que meu saudade de tocar
junto e me lembrou uma música que amo....
Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importaS
ão bonitas as cançõesMesmo miseráveis os poetas
Os seus versos serão bons
Mesmo porque as notas eram surdas
Quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira
Que animou todos os sons
E daí nasceram as baladas
E os arroubos de bandidos como eu
Cantando assim:
Você nasceu para mim
Você nasceu para mim
***
tossan disse...
Sabe Mai, quando estou lendo os teus poemas
ouço uma voz suave mais firme,
como nos teus textos. Lógico só pode ser a tua!

16 de jul. de 2009

Criando clichês…

Faz de conta que o mundo
Fosse todo só um dia.
Inventa que todo tempo
Fosse o espaço e sorria!

por Henrique Noale
em 6, Julho, 2009
http://anese.wordpress.com/

A poesia! O jogo com as palavras sugere uma interpretação por sentença. Gosto de quem pensa, escreve e age positivamente. Viver e olhar o outro sorrindo é muito melhor. Parabéns Henrique pelo seu humor...
Verônica Pacheco

13 de jul. de 2009

Ninguém deve parar de comer carne

Ninguém deve parar de comer carne.
Tudo que fazemos por obrigação, mesmo as coisas que poderiam ser prazerosas, geram desconforto. Tudo o que fazemos porque escolhemos nos afirma.
Quando eu parei de comer carne, parei porque eu podia e tive liberdade de escolher. E porque eu queria experimentar, uma vez que alguma coisa – intuição talvez – me dizia que havia algo estranho em comer carne.
Sempre que me perguntam porque eu parei de comer carne eu costumo optar entre estas duas respostas ou uma combinação das duas:
porque eu posso por prazer.
Evito também dizer que sou vegetariano. Infelizmente, apesar de ser a designação correta, uma série de campanhas publicitárias equivocadas, desastrosas e agressivas fez associar o termo “vegetariano” com gente chata, repressora e a uma série de documentários, apesar de reais, sangrentos.
Simplesmente digo que evito as carnes. De todas as espécies. As brancas, as pretas, as vermelhas, as azuis. Nem peixes nem camarões. Nem besouros.
Um adendo importante feito posteriormente ao comentário do
Nelson: o uso do verbo “poder” não é no sentido negativo de dizer que quem come carne não tem capacidade de parar. Mas no sentido de que esses também tem, também podem, mas adotam outra postura porque a preferem, julgam-na melhor para si e tem liberdade de escolhê-la e, por isso, comem carne. Porque podem.
Por exemplo, eu como leite e como ovos. Por que não como carne e, no entanto, como leite, ovos e derivados? Por prazer e porque eu posso. Se um dia eu parar de comer esses itens, será pelos mesmo motivos.
Por que eventualmente uso sapatos de couro? Porque não pretendo comê-los.
Perguntam-me com frequencia se eu sinto diferença entre a época em que eu comia carne e agora, que não como.
Direi que sinto. Mas o máximo que poderei dizer – no caso de você ainda ser um comedor de carnes – é que a minha digestão é muito melhor em comparação. Não que fosse ruim. Era ótima. Apenas está melhor.
Mas a maior parte das mudanças são muito mais sutis, indo do plano físico ao mental, passando pelo energético, emocional e outros. Pelo plano ético, inclusive. Todas em sentido positivo. Nunca negativo. E para experimentar tais mudanças, por serem sutis, de nada adiantará eu ficar falando sobre elas: você tem que parar de comer carne por um tempo.
Se quiser.
Não há dúvida de que a indústria do cigarro é nociva e até os mais entusiasmados fumantes admitem isso.
Porém os vegetarianos mais tacanhos tem muito a aprender com ela em termos de marketing. Assista ao filme
Obrigado Por Fumar. Antes de ser uma crítica à indústria do tabaco é um filme sobre argumentos. A indústria do tabaco sabe que é nociva, os fumantes sabem que o fumo é prejudicial: mas o discurso de ambos gira em torno da liberdade.
Aquilo que fazemos porque escolhemos nos afirma. Acho que eu já disse isso mais acima. Mas estou repetindo por algum motivo que julgo importante.
Não pare de comer carne porque você deve. Pare porque você pode.
Assim você se posiciona no universo de maneira diferente: em vez de deixar que o construam, você o constrói, de dentro para fora.

publicado por Alessandro Martins em
http://eupraticoyoga.com/ninguem-deve-nunca-parar-de-comer-carne/

Nem sei por onde começar. Em um único post tem tanta informação/conteúdo/opinião que fica difícil escolher um primeiro tópico para comentar. Liberdade de ser de pensar? Ser ou não ser vegetariano e tudo o que gira em torno disso, desde respeito aos outros seres vivos, até cuidados com a própria saúde? O marketing, o desejo o senso comum? Não sei dizer. Não quero escolher. O que sei é que clara e simplesmente Alessandro disse tudo sem a necessidade de mais comentários. Já que o estilo de vida que se leva, reflete no que somos. E ele é um belo exemplo disso (no sentido positivo de atitude perante o mundo, o ser vivo e principalmente diante dele mesmo).
E aqui entramos no conceito da Alice do post anterior. Cuidado para não se alienar, pois deixamos a vida nos atropelar e nos tornamos alvo fácil para tal alienação e nem percebemos isso.
Verônica Pacheco

10 de jul. de 2009

O tempo não para

As coisas acontecem independentes da nossa vontade. Os anos passam aleatórios aos nossos desejos.
Dia a pós dia o sol se põe. Não há nada que possamos fazer para impedir o evento do tempo. Podemos apenas tentar aproveitar.Estar perto das pessoas de quem gostamos e dividir este sentimento. O tempo não para, o mundo não para. E um dia vamos descobrir que tudo se acabou.
A única certeza que temos é que vamos morrer, um dia.Todos os dias caminhamos para este evento, inevitavelmente.Nossa mortalidade é o que nos faz únicos, mesmo que tenhamos a estranha tendência de ignorar este fato.
E se amanha você não estiver mais aqui? ou se eu não estiver mais aqui? ou ele ou ela não estiverem mais aqui?
Será que você falou tudo o que gostaria de falar?
Será que fez tudo o que gostaria de fazer?
O que falta?
O que te impede de cumprir?Quais são as suas metas para a vida?
O tempo não para, mas nós podemos parar.
Não pare. Mas se de tempo o suficiente para dizer o que quer.
Se de a oportunidade de ser feliz.
Diga a quem você gosta que esta pessoa faz a diferença na sua vida.E se não gosta, não perca tempo, perca o contato.
Não desperdice o pouco tempo que ainda temos com quem não te merece, nem com quem você não gosta apenas por que esperam isso de você.
Faça o melhor de você sempre.
O tempo não para, NUNCA.

Postado por Alice Bacilla Munhoz da Rocha Postado em, http://alicebmrocha.blogspot.com/ na Segunda-feira, 29 de Junho de 2009.

Motivada por alguns amigos e claro pela tendência estou aos poucos me inserindo no mundo dos blogs e a cada dia me encanto mais. Achei a idéia do blogosfera do CARALHO. Desculpem, mas essa é uma das coisas que gosto. A liberdade que o blog nos dá, até no vocabulário. Não se assuntem, não sou desbocada, mas neste momento, não tinha melhor expressão do que esta. rsrsr
Voltemos ao post:
Gosto de ler o óbvio inteligente. "O tempo não para, mas nós podemos parar." Com o corre corre do dia dia, do pagar contas e dar atenção ao outro esquecemos de algo muito importante. Nós mesmos. Esquecemos de pensar para onde estamos indo e o que estamos fazendo da nossa vida. E considero isso muito sério. Fico muito chocada ao olhar para trás e ver a Verônica do passado, que em muitas coisas foi cega, de chegar a não enxergar a si mesma. (Veja que legal! Adorei isso, escrever sobre mim na terceira pessoa foi bárbaro!) rsrsrs
Mas hoje as coisas são diferentes justamente pq eu penso assim como a minha amiga Alice. E gostei muito de poder compartilhar esta idéia dela com vcs.
Verônica Pacheco

3 de jul. de 2009

Bússola

foto - net
Bússola?
Não é preciso.
Temos a sapiência
das estrelas nos nossos corações
quero que tu me ames agora,
enquanto o Universo
se expande infinito para nos caber
Navegámos meio século
nos mares inexplorados fora da Terra.
Afastámo-nos da perversidade ácida
que se alimenta de matéria gorda
no coração do HOMEM.
Vivemos meio século de amor.
por Leo Mandoki Jr.
(adaptado)
***
tossan disse...

Haverá bússola mais precisa do que a tua sapiência?
Chegarás ao infinito antes antes das estrelas...
Salve a Remington 25,
uma relíquia que funciona mesmo
e é muito bem usada por você.
Gostei muito, ainda por cima
com uma taça de Dão à mão!
Belo texto e esta parte
eu gostaria de ter escrito
Abraço
***
video só para descontrair, desligue a música...