Disseminando gentileza nos encontramos no tempo da delicadeza...

13 de jul. de 2009

Ninguém deve parar de comer carne

Ninguém deve parar de comer carne.
Tudo que fazemos por obrigação, mesmo as coisas que poderiam ser prazerosas, geram desconforto. Tudo o que fazemos porque escolhemos nos afirma.
Quando eu parei de comer carne, parei porque eu podia e tive liberdade de escolher. E porque eu queria experimentar, uma vez que alguma coisa – intuição talvez – me dizia que havia algo estranho em comer carne.
Sempre que me perguntam porque eu parei de comer carne eu costumo optar entre estas duas respostas ou uma combinação das duas:
porque eu posso por prazer.
Evito também dizer que sou vegetariano. Infelizmente, apesar de ser a designação correta, uma série de campanhas publicitárias equivocadas, desastrosas e agressivas fez associar o termo “vegetariano” com gente chata, repressora e a uma série de documentários, apesar de reais, sangrentos.
Simplesmente digo que evito as carnes. De todas as espécies. As brancas, as pretas, as vermelhas, as azuis. Nem peixes nem camarões. Nem besouros.
Um adendo importante feito posteriormente ao comentário do
Nelson: o uso do verbo “poder” não é no sentido negativo de dizer que quem come carne não tem capacidade de parar. Mas no sentido de que esses também tem, também podem, mas adotam outra postura porque a preferem, julgam-na melhor para si e tem liberdade de escolhê-la e, por isso, comem carne. Porque podem.
Por exemplo, eu como leite e como ovos. Por que não como carne e, no entanto, como leite, ovos e derivados? Por prazer e porque eu posso. Se um dia eu parar de comer esses itens, será pelos mesmo motivos.
Por que eventualmente uso sapatos de couro? Porque não pretendo comê-los.
Perguntam-me com frequencia se eu sinto diferença entre a época em que eu comia carne e agora, que não como.
Direi que sinto. Mas o máximo que poderei dizer – no caso de você ainda ser um comedor de carnes – é que a minha digestão é muito melhor em comparação. Não que fosse ruim. Era ótima. Apenas está melhor.
Mas a maior parte das mudanças são muito mais sutis, indo do plano físico ao mental, passando pelo energético, emocional e outros. Pelo plano ético, inclusive. Todas em sentido positivo. Nunca negativo. E para experimentar tais mudanças, por serem sutis, de nada adiantará eu ficar falando sobre elas: você tem que parar de comer carne por um tempo.
Se quiser.
Não há dúvida de que a indústria do cigarro é nociva e até os mais entusiasmados fumantes admitem isso.
Porém os vegetarianos mais tacanhos tem muito a aprender com ela em termos de marketing. Assista ao filme
Obrigado Por Fumar. Antes de ser uma crítica à indústria do tabaco é um filme sobre argumentos. A indústria do tabaco sabe que é nociva, os fumantes sabem que o fumo é prejudicial: mas o discurso de ambos gira em torno da liberdade.
Aquilo que fazemos porque escolhemos nos afirma. Acho que eu já disse isso mais acima. Mas estou repetindo por algum motivo que julgo importante.
Não pare de comer carne porque você deve. Pare porque você pode.
Assim você se posiciona no universo de maneira diferente: em vez de deixar que o construam, você o constrói, de dentro para fora.

publicado por Alessandro Martins em
http://eupraticoyoga.com/ninguem-deve-nunca-parar-de-comer-carne/

Nem sei por onde começar. Em um único post tem tanta informação/conteúdo/opinião que fica difícil escolher um primeiro tópico para comentar. Liberdade de ser de pensar? Ser ou não ser vegetariano e tudo o que gira em torno disso, desde respeito aos outros seres vivos, até cuidados com a própria saúde? O marketing, o desejo o senso comum? Não sei dizer. Não quero escolher. O que sei é que clara e simplesmente Alessandro disse tudo sem a necessidade de mais comentários. Já que o estilo de vida que se leva, reflete no que somos. E ele é um belo exemplo disso (no sentido positivo de atitude perante o mundo, o ser vivo e principalmente diante dele mesmo).
E aqui entramos no conceito da Alice do post anterior. Cuidado para não se alienar, pois deixamos a vida nos atropelar e nos tornamos alvo fácil para tal alienação e nem percebemos isso.
Verônica Pacheco

4 comentários:

  1. Bom dia amiga.

    Tem selo na curiosa, pelos seus 100 seguidores. Esta festa é sua também. Passe lá e eleve o seu selo.
    Continue me visitando, logo fari um bolo para comemorar.
    Com carinho
    Sandra.

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  2. Ah eu até tento, mas quem é que ouve o caçula falar aqui em casa? Comprar carne parece vicio.
    Eu sou dos mimados:
    - Quer carne?
    -NãããoooOooOooOoOO!

    Ah, eu posso né rsrs

    Abraçãoo

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  3. PÔ... Eu não dispenso uma boa bisteca... xD

    E, que coisa mais inconveniente comparar o vício do fumo com o consumo de carne. Acho que ninguém seja viciado de fato em carne. Se não houver carne mesmo, as pessoas não comem. É simples assim.

    Mas eu andei tendo umas aulas de biologia há um tempo atrás sobre evolução e o professor passou um documentário da Discovery, em que se argumentava que em certo momento, na marcha dos humanos à Europa, nossos ancestrais adicionaram peixe a alimentação e isto contribuiu de uma boa maneira para aumento da massa cinzenta do cérebro humano - pequena que fosse, mas já um diferencial para vencer dos Neanderthais, posteriormente. Isto se deu em decorrência justamente ao aumento de proteínas na dieta.

    Ou seja, sinceramente, eu quem não entendo os vegetarianos. Digestão melhor? Tá, talvez se parássemos de comer tanta gordura e carnes fora de época ou de local apropriado (principalmente nos trópicos, em que o consumo de carne vermelha ou com altos teores de gordura quaisquer é altamente prejudicial em decorrência dos altos valores calóricos) deveríamos ter minorado alguns problemas...
    Mas daí a parar radicalmente de comer carne? Não faz sentido. Ah começar que até nossos primos simianos se alimentam de algum tipo de carne: principalmente insetos, ou pequenos roedores ou pequenos pássaros.

    Nossos ancestrais deram um salto e se tornaram onívoros: por que devemos retroagir na marcha do tempo? Tudo bem não comer certos tipos de carne, como a de porco, como fizeram os hebreus - principalmente em decorrência do possíel auto grau de infestação por parte de cisticercos nessas carnes. Mas daí a parar de comer carne radicalmente, por motivos de melhor digestão é uma falácia de quem não sabe como comer!

    Pois tudo tem sua época e sua quantidade certa para ser comido sem causar prejuízo algum ao organismo. Em suma, tudo tem um limite.

    Sem falar que o ser humano não deve se limitar de sentir prazer com coisas simples. Como o alimento... E por isto, deve provar de tudo e comer de tudo que tiver vontade, dentro do seu limite. É aquilo que provavelmente está precisando.

    ;)

    Mas enfim, sou um poeta, não um nutricionista.

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  4. Narrativa que sugere imagens e ações. Gostei disso.
    Abração a todos.

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