Revejo, à flor das águas,
em rota dolorosa e fronteiriça,
Naufrágios
E os destroços submersos de mim.
Braçadas, diz-me a Razão.
Braçadas!
O mar é alto.
E a alma é apenas perspectiva.
Volto os olhos,
e contemplo o precipício.
Pélago.
Ó Tenebroso Mar que jaz em mim!
Ide, frágil nau!
(Id):
Homem sem bússola.
Um escaler à deriva e
sem chinelos ao pé do leito.
Não há pessoa e o rio que vejo
Também não é o Tejo.
Mas o que resta aqui
de tudo o que já fui:
Embarcações/embarcadiços;
Lares/velas triangulares;
Lábios/astrolábios;
A goga/a sinagoga.
O antigo Cais da Lingüeta.
Tudo me faz pejo.
E o rio que vejo, deveras,
não é o Tejo.
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Esta é a minha singela homenagem a um amigo de infância que ama a língua portuguêsa. Eurico - Um EU-Lírico na blogosfera. Homem de emoção e sensibilidade própria aos grandes. Escritor e poeta. Um Eu-Lírico. Sinto-me honrada em ser sua amiga e aqui no amigos na blogosfera deixo a ele este presente.
...
Só vc pra ser tão generosa comigo. Sou apenas um leitor da vida, que se emociona com o estarmos aqui e agora. Se escrevo, é só por isso.
ResponderExcluirBeijo.
E sempre é assim... Quem é Grande diz-se simples, comum, pequeno...
ResponderExcluirTalvez ai resida a maior grandeza do Homem Sábio...
Continuar sendo simples.
De qualquer modo és um escritor e Poeta que ama a Língua Portuguesa e isto é muito e te faz maior, amigo.
Recebe o carinho amigo,
Mai
Amo Portugal. È minha segunda pátria. O berço que embalou meu pai e meu avô.
ResponderExcluirAdoro estar nesse país e sentir um pouco deles.
essa poesia em ´particular me emocionou muito, pq infelizmente, meu avô faleceu sem poder voltar a ver seu lindo rio Tejo que banha sua amada Lisboa.
Lindo
.................cris Animal
Um ato de generosidade sim. Mas homenagear a pessoa certae na hora certa é um requinte que só você tem. Parabéns pela escolha. Beijo
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