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Lira que toca ao vento, vento te toca, lira.
Vem, Orfeu,
toca comigo essa lira?
Vem compor nossa música.
Hoje, sou apenas olhos, desejo.
Chiiiiiiii não fala nada...
Espera, não tem pressa, toca...
Toca a lira devagar, em duo.
São tão lindos os tons, sons.
Teus toques repletos de clave, tem Sol.
Essa noite-milagre, tem duo, tem dois.
Pausa-silêncio//
Essa lira-ternura, mansa, não tem dissonância,
mesmo quando as cordas, gemem, seus sons.
De novo meus olhos, falam e riem,
essa desiderata festa musical!
Sim, minhas maõs tocam leve,
teu rosto e tua lira.
Quero nada-fazer, hoje, sou só, contemplação.
Minha boca é ponta, seda-toque dos dedos,
que executam vienenses, corpo,
lira, e nossa doce melodia,
só prá saber se meus olhos, não mentem...
Liras são frágeis e mansas, choram,
a emoção da melodia, amor.
Ah! Orfeu, afinarei contigo e juro,
não arranharei tua lira! Chiiiii...
Ternura, não fala nada, cala, dorme.
Já te amei bastante, hoje.
Instante interminável, minha lira de amor,
foi tocada em Sol e lá, em mi maior.
Foi toccata em dueto.
por Mai
***
iara disse...
tão lindo esse mai, que meu saudade de tocar junto e me lembrou uma música que amo....
Mesmo que os cantores sejam falsos como eu
Serão bonitas, não importaS
ão bonitas as cançõesMesmo miseráveis os poetas
Os seus versos serão bons
Mesmo porque as notas eram surdas
Quando um deus sonso e ladrão
Fez das tripas a primeira lira
Que animou todos os sons
E daí nasceram as baladas
E os arroubos de bandidos como eu
Cantando assim:
Você nasceu para mim
Você nasceu para mim
***
tossan disse...
Sabe Mai, quando estou lendo os teus poemas ouço uma voz suave mais firme,
como nos teus textos. Lógico só pode ser a tua!